Sunday, February 25, 2007
MEU CADERNO DE ANOTAÇÕES
28-02-2005 – Parte dos professores do Estado do RN entra em greve porque a governadora deixou de cumprir acordos com a categoria.
01-03-2003 – Inauguração da FM 104,9 em torno do meio-dia.
DICIONÁRIO UPANEMÊS
BENZA DEUS PRA NÃO MURCHAR!– A expressão é muito usada aqui quando alguém faz uma visita a um recém-nascido ou aprecia algo belo. Com medo de botar algum quebrante, diz a expressão acima. Quem não sabe o que é "quebrante," espere, pois noutro dia direi.
Friday, February 23, 2007
UPANEMA ESPERA
ESTÓRIAS COM AGAR
No tempo de Lampião, o povo tinha muito medo que ele aparecesse na região. Há muitas histórias engraçadas que os mais velhos contam. Antes de contar a engraçada, vou contar uma interessante. Dizem que os cabras de Lampião passavam num povoado saqueando e amedrontando a todos. Ao chegar numa casa, o dono não se encontrava. Só a mulher e os filhos tiveram que receber aqueles visitantes. Como de costume, o chefe ordenou que a mulher matasse algumas galinhas para a refeição de sua tropa. A mulher o fez apressadamente, depois servindo a todos. Na hora da refeição um dos cabras inventou de reclamar que a comida estava insossa. E na verdade estava mesmo. Lampião, por sua vez ordenou à mulher que trouxesse um pacote de sal. Dirigindo-se ao homem que reclamava, despejou todo o sal no prato, obrigando-o a comer com o sal em demasia. Depois disse: você não está vendo que a mulher está nervosa, e por isso esqueceu-se de colocar sal? Assim, ele nos ensinou uma grande lição.
A história engraçada é esta: num povoado próximo da zona urbana do município de Upanema o povo estava apavorado na expectativa de Lampião aparecer na região. O povo tremia só de pensar que ele aparecesse lá. Uma família resolveu partir cedo e não esperar pelo pior. Arrumou as trouxas e saiu na carreira. Ao atravessar um passadiço, a mulher, que levava uma criança pequena no tuntum soltou a inocente no chão para descansar um pouco. Na pressa, a mulher agarrou uma melancia do cercado mais ou menos do tamanho da criança. Conta a história que a mãe veio perceber o engano somente a vários quilômetros do local. Como mãe verdadeira, ela teve que voltar, mesmo com muito medo de encontrar Lampião com os seus cabras.
Conheço outra história que um homem fugiu com uma panela de feijão fervendo na cabeça. O caldo derramava, queimando o corpo, mas ele dizia: Por Deus que não é quente, por Deus que não é quente!
Thursday, February 22, 2007
MEMÓRIA UPANEMENSE
Na manhã do dia 16 de fevereiro deste ano, uma forte chuva de granizo surpreendeu quem estava na região de Lisboa. A chuva de pedra que durou mais ou menos um minuto, deixou as ruas e estradas cobertas de branco. Apesar do susto, não houve ocorrências de acidentes ou ferimentos.
Não houve chuva de granizo só nos tempos dos Faraós de corações endurecidos, na época em que Moisés queria libertar o povo do jugo egípcio. Todo upanemense que tenha hoje quarenta anos acima se lembra de uma chuva de pedra. Tenho a viva lembrança que aparava pedrinhas de vários tamanhos. Não tinha medo porque não havia motivo pra isso. Porém, alguns adultos achavam que era o fim dos dias. Estive interrogando alguns moradores sobre o assunto. Um deles confirmou o fato e foi bem preciso até na data: 25 de dezembro de 1976.
EXPRIÊNCIAS POPULARES SOBRE AS CHUVAS NO SERTÃO
● Se cair tanajura e se não chover em cima dela, faz verão, nem que seja por alguns dias. Se cair chuva em cima, aí logo o inverno vai pegar.;
● Se formigas da lagoa se mudam, haverá chuva;
● Quando os cupins revestem suas casas, está próximo o inverno;
● Feijão bravo carregado, é sinal de bom inverno;
● Caboré cantado de noite: chuva;
● O sapo é um bom adivinhador de chuva. Se ele canta, é chuva na certa;
● Se a rã canta ou rapa, como preferem alguns, ela está dizendo que logo, logo vai chegar chuva.
● Se o enxu tem muito mel e fio, haverá chuva.
As experiências acima foram detalhadas por um experiente agricultor. Ele disse que tudo isso está acontecendo neste ano de 2007. E se confirmou nos dias do carnaval.
FATO E OPINIÃO
Se a coisa continuar como vai, daqui a um ano não teremos mais ruas pra calçar. Só restará ao atual e o próximo prefeito cuidarem do saneamento básico, principalmente no que se refere aos esgotos. No governo federal há projetos nesse sentido. Acredito que os gestores que tiverem mais prestígio e forem “cavadores” de recursos, trarão pra suas cidades esses benefícios.
COISAS DA LÍNGUA
Thursday, February 15, 2007
ESTÓRIAS COM AGAR
Abro um parêntese, talvez inútil, mas abro pra explicar que o personagem do bagageiro da moto é ligadíssimo em computador, especialmente em internet. Passa horas e horas acessando a rede mundial de computação. Na hora da queda, o que veio em sua mente foi o prejuízo de não poder acessar a internet com facilidade.
Wednesday, February 14, 2007
DICIONÁRIO UPANEMÊS
Tuesday, February 13, 2007
TOLERÂNCIA ZERO
ESTÓRIAS COM AGAR
Thursday, February 08, 2007
TOLERÂNCIA ZERO
ANOREXIA E OS MODISMOS
Monday, February 05, 2007
MODISMOS
TRIBUNA
ESTÓRIAS COM AGAR
Sabe daquele sonho no qual a gente rasga a rede tentando frear um carro? Ah! Tá mangando de mim? É por que nunca dormiu de rede. A minha história de hoje é sobre um sonho de uma pessoa. Logo no dia seguinte correu pra me contar. Ainda bem que ela não ler blog. Foi assim: Bem sentado numa cadeira de balanço, dormia ele um bom sono. Lá pras tantas da madrugada sonha que jogava uma partida de futebol, daquela de gente bruta de morrer enganchada. Daquele tipo de jogador que quer tomar a bola do outro a todo custo. Aí o sonhador quer tirar a bola de um adversário muito craque. Não deu outra. Tacou o pé rasgando tudo. E sabem o que ele chutou de verdade, na vida real? Um banco de madeira bem grande que estava à sua frente. Acordou atarantado chutando o objeto, pregando um bom susto nele mesmo. Terminou. História sem graça, né? Mas é assim mesmo. Quando não tenho uma história de futuro, escrevo qualquer uma. E o bom leitor vai na minha e ler mesmo. O mau leitor não ler nada. Por isso é mau leitor. Mau com u. Ele é tão mau que nem sabe por que é mau com u. Agora você vai saber. Mau com u é o oposto de bom. Mal com l é o oposto de bem. A regra funciona desse jeito. O mau leitor nem sabe que é mau e que isso é mau pra ele. Imagine saber que ele é mau com u.
Saturday, February 03, 2007
COISAS DA LÍNGUA
Certa vez fui questionado sobre a abreviação da palavra municipal. Achava eu que era mun, porém não poderia provar. Quem procura, acha. E achei. Município e municipal trazem a abreviatura mun. É a opinião de Cândido Jucá Filho, Membro da Academia Brasileira de Filologia, Membro da Academia Carioca de Letras,etc. Aproveitando, hora e horas trazem um h na abreviação. Ok?
Friday, February 02, 2007
FILOSOFIA PURA
HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA
FOME ALÉM DO LIMITE
Imagine que você chegue numa casa, no pingo do meio-dia, com o bucho pregado no espinhaço, com uma fome insuportável. E chegue mesmo na hora que o dono da casa está se preparando pra almoçar. Digamos que isso aconteça na zona rural, lá numa casinha nos cafundós, ou onde Judas (acho que o Iscariotes) perdeu as botas. Ou foi o cão que perdeu as botas? Ah! Não sei se ninguém perdeu bota nenhuma. Talvez tenha sido Judas mesmo, porque quando traiu o Mestre ele ficou apavorado com o que fez. Aí deve ter corrido doido. E se usava botas, pode ter perdido. Mas vou deixar as botas de lado e continuar minha suposição. Antes que o dono da casa entre pra almoçar, ele chame você para acompanhá-lo até a cozinha para almoçar junto. Insista mais uma vez e mais uma vez. Aí você responda envergonhado: não, num quero não. Já almocei. O que acontece com você depois que o homem já esteja remexendo nos pratos e colheres, comendo o bom feijão com arroz? Ah! Você fica morrendo de arrependido por não ter aceitado o convite. Que besta fui eu em não ter acompanhado o dono da casa! Pois é. Dizem que aconteceu isso com um homem. Sabe qual foi a reação dele? Lá fora, sozinho, ouvindo o barulhinho dos pratos e colheres, ele caiu num desespero tão profundo que fez o seguinte: pegou um tamborete e saiu de cozinha a dentro. Ao chegar perto do dono da casa exclamou com todas as poucas forças que restavam: Repita o que me disse há pouco tempo, lá na sala de fora! Repita! O outro, perplexo, quase que se engasga e perde a fala, mas ainda pôde responder: não, meu senhor, só me lembro que chamei você pra almoçar e nada mais! Ah, respondeu o outro. Isso mesmo! Bote meu almoço!