Tuesday, August 19, 2008

ELEIÇÕES 2008

OS CANDIDATOS NO RÁDIO

Hoje começou o horário gratuito eleitoral no rádio. Pela manhã, bem cedinho, vamos ter o privilégio escutarmos nossos candidatos a vereador. Digo privilegio porque o rádio é mais um veículo de informação, além dos palanques. Esta é a segunda campanha política que a rádio Liberdade 104,9 transmite a fala dos candidatos. A primeira vez foi em 2004.
Sei que está enraizado na cabeça de muitos eleitores que os programas eleitorais não são importantes para que possamos decidir em quem votar. Acho que é um equívoco pensar assim. Nos programas eleitorais os candidatos abrem o coração e dizem a verdade deles. Se a verdade é demagogia e promessa absurda, ele dirá tudo isso lá. Se ele é candidato a vereador e prometer que vai construir açudes, casas populares, hospitais, então ele já descobriu quem ele é. É um ilustre analfabeto político porque não sabe a razão de ser candidato. Não se enganem, meus senhores e senhoras. Vai perder quem não escutar os candidatos no rádio. Eles descobrem cada coisa!

Monday, August 18, 2008

ELEIÇÕES 2008

DIZENDO DIFERENTE

Quando fala-se de futuro em época de eleições normalmente diz-se que o futuro está nas nossas mãos, pois é com as mãos que as pessoas votam. Nem sempre as mãos decidem tudo. Nem o goleiro defende somente com as mãos as bolas que vão violentamente em direção ao gol. Muitas vezes é preciso interceptá-la com os pés, com a cabeça ou até com os joelhos. Na eleição é a mesma coisa. As mãos é quem votam na urna, mas a cabeça, mais precisamente o cérebro é o que decide tudo. Quando a cabeça não pensa, o corpo é que padece, já dizia uma canção do meu tempo de menino. A cabeça do povo de Upanema deixou muitas vezes de pensar. E a conseqüência foi muitos corpos padecerem.
Voltando ao que estava discutindo no começo deste texto, concluo dizendo que em tempos da moderna tecnologia nem é preciso usar toda a mão. Basta utilizar a ponta de um único dedo para escolher os candidatos. Não esqueçamos que estamos na tecnologia digital. Mas não esqueçamos também que quem decide de verdade, repito, é a nossa cabeça, a nossa consciência.
DIZENDO DIFERENTE

Quando fala-se de futuro em época de eleições normalmente diz-se que o futuro está nas nossas mãos, pois é com as mãos que as pessoas votam. Nem sempre as mãos decidem tudo. Nem o goleiro defende somente com as mãos as bolas que vão violentamente em direção ao gol. Muitas vezes é preciso interceptá-la com os pés, com a cabeça ou até com os joelhos. Na eleição é a mesma coisa. As mãos é quem votam na urna, mas a cabeça, mais precisamente o cérebro é o que decide tudo. Quando a cabeça não pensa, o corpo é que padece, já dizia uma canção do meu tempo de menino. A cabeça do povo de Upanema deixou muitas vezes de pensar. E a conseqüência foi muitos corpos padecerem.
Voltando ao que estava discutindo no começo deste texto, concluo dizendo que em tempos da moderna tecnologia nem é preciso usar toda a mão. Basta utilizar a ponta de um único dedo para escolher os candidatos. Não esqueçamos que estamos na tecnologia digital. Mas não esqueçamos também que quem decide de verdade, repito, é a nossa cabeça, a nossa consciência.

Monday, August 11, 2008

HOMENAGEM PÓSTUMA A RAMOS


Já faz seis anos que nos separam do professor Severino Ramos Martins de Moura. Sua morte ocorreu no dia 28 de agosto de 2002. Em vista disso, durante este mês, transcreverei alguns textos extraídos de sua obra póstuma. O primeiro é o texto que segue. É um conto que ele escreveu num de seus manuscritos, matéria-prima de sua obra. Parece ser uma história retirada da literatura oral ou simplesmente um texto de ficção engendrado por ele mesmo.

O PALHAÇO TRISTE

Certa vez em uma cidadezinha do interior chegara um circo. A expectativa era geral. A população ansiosa contava os minutos pra hora do espetáculo.
Como parte integrante do circo, contavam-se animais amestrados, acrobatas, bailarinas, mágicos e, entre eles, um palhaço.
Extremamente engraçado divertia o público com uma maestria sem igual. Todos riam a valer quando este entrava em cena. Entretanto, algo intrigava o público: depois da fazer rir a valer, sentindo que já havia cumprido seu papel, ele sentava no meio do palco e desatava a chorar. Ninguém entendia o fato e, muitos até riam imaginando ser mais uma brincadeira do palhaço.
Só que não era o choro, parte da peça, pois sua tristeza era imensa e, nesta hora ele sonhava com alguém que o fizesse rir.
Quando a população entendeu a sua dor, no final da apresentação do palhaço triste, todos cantavam, aplaudiam, enviavam das arquibancadas a retribuição a quem lhes divertia tanto.
E assim, ansioso por alguém que lhe fizesse feliz, o palhaço cada vez mais fazia o povo sorrir.
Percebendo o que podia existir por trás da máscara de um palhaço, a população entendera a uniformidade do sorriso e da lágrima.

(Doces recordações do meu passado, p. 106. De Severino Ramos Martins de Moura)