Saturday, July 07, 2007

COISAS DA LÍNGUA

CABORÉ OU CABURÉ?

Segundo o “Dicionário Upanemês” caboré é um “nome vulgar de caburé, a ave da família das corujas”. A palavra “CABORÉ” consagrou-se como correta a ponto de nunca termos ouvido alguém pronunciar CABURÉ. O Aurélio tem dez definições para a palavra. Se não tiver paciência de lê-la aqui, depois consulte ao vivo a palavra.
“Cafuzo;caboclo;caipira;pequeno vaso de barro vidrado, bojudo no centro e estreito na base;vaso de barro, ligeiramente comprido, usado para coar o café;indivíduo atarracado, achaparrado;pessoa que só sai de noite;pessoa feia e de ar tristonho;bolo de mandioca e trigo.” Também dizemos que um homem feio, por analogia à feia ave, pode ser chamado de caboré. O bicho tem os olhos muito arredondados e um pescoço que até parece que tem um eficiente rolamento a ponto de girar 90 graus. Aqui temos pelo menos uma pessoa que atende pelo apelido de Caboré. E olhe que ele não é dos mais feios, não. Ele se acomodou com esta alcunha e não largou mais. “Ô Caboré!” Aí ele responde: “Oi”. E você, considera-se um caboré, ou não?
Leia mais sobre CABORÉ e depois comente.
CABURÉ é “nome comum das pequenas espécies de aves de rapina insetívoras, da mesma família dos mochos, especialmente uma espécie da América do Sul que tem o dorso de cor cinza-avermelhada e o ventre branco com pintas circulares pardas e negras. Sua área de distribuição vai desde o México até a Terra do Fogo. Tem hábitos noturnos, seu pescoço pode girar até 270° e põe ovos nos ninhos de outras aves. Outras espécies sul-americanas, de distribuição mais restrita, são o caburé-miudinho, de um tamanho de um pardal (14 cm), que ocorre da Bahia ao Paraná, Goiás, Mato-Grosso e Paraguai; e o caburé-da-amazônia, semelhante ao interior, mais de cauda mais curta (52 mm), encontrado na região amazônica e na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro.
Uma espécie de outro gênero é o caburé-acanelado ou caburé-canela, ainda pouco conhecido, que vive no Planalto Central, no Nordeste, e de São Paulo ao Rio Grande do Sul, chegando também a Argentina, ao Uruguai e aos Andes. Tem as partes superiores escuras, o disco facial amarelo-vivo e manchas brancas na asa e na cauda.
Classificação científica: Família dos Estrigídeos, gênero Glaucidium. A primeira espécie citada é Glaucidium brasilianum. O caburé-miudinho é a espécie Glaucidium minutissimum e o caburé-da-amazônia é Glaucidium hardyi. O caburé-acanelado é a espécie Aegolius harrissii.” (Enciclopédia Encarta)

0 Comments:

Post a Comment

<< Home