Friday, August 25, 2006

Edições de “Lingu@gem.com” do Jornal de Upanema

LINGU@GEM•COM Xavier.gondim@bol.com.br
Fr@ncisco X@vier Gondim (3ª edição)
COMPOSITOR
@ Refiro-me ao jovem compositor Emanoel Rafael da Costa. Ele compõe músicas com tons ardentes de paixão. Seu estilo nos lembra algumas duplas sertanejas. Transcrevo um trecho de uma de suas composições: “Quero saber o que faço agora/pois o meu pensamento /voa no espaço/feito pássaro livre no ar./ Venha, a saudade é uma flecha /Me acerta o peito /A porta está semi-aberta”.
NOSSA HISTÓRIA
@ “A História dos Três Poderes – De Distrito a Cidade”, é uma modesta obra que trata da história de nossa terra com o enfoque nos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Teve seu lançamento no mês de setembro próximo passado. Foi um trabalho árduo e produzido a quatro mãos por Inêz Tavares de Mendonça e José Wilson Tavares Bezerra. É sucinto, porém é uma pesquisa séria. Vale a pena lê-lo.
POMBEIROS
@ A palavra tem vários significados. Segundo os melhores dicionários, pode ser “negociante ou emissário que atravessava os sertões comerciando com indígenas; uma variedade miúda de milho branco; vendedor ambulante de pombos, galinhas, etc. Em algumas regiões do Nordeste brasileiro, é” revendedor de peixe.”A palavra tem para nós upanemenses uma conotação que talvez em outro lugar não encontremos. Se o leitor encontrar, que me comunique para ser corrigida na próxima edição deste jornal. Refiro-me aos pequenos grupos de pessoas que se congregam, de preferência em frente a residências, com o intuito de discutirem os assuntos que estão na pauta do dia, principalmente a política. Posto à mesa, o prato é saboreado por todos, notadamente se for a política local. Os pombeiros modernos são ainda muito jovens: começou aproximadamente no ano de 1985. Estima-se que hoje tenhamos cerca de 20 na cidade, sem contar com os da zona rural.
SEPULTADOR
@ Na edição passada, na coluna ATUALIDADES dos colunistas José e Kalênia, conhecemos uma palavra que poderá ser incorporada ao léxico dos upanemenses: sepultador. Outros sinônimos têm o verbete: sepultureiro, enterrador e coveiro. “Sepultador” pode ser um eufemismo para “coveiro”. Todas essas palavras querem dizer “aquele que leva as pessoas para o lugar derradeiro nesta terra: a cova”.
BATISMO
@ Do grego, baptismós, “imersão”, pelo latim, “baptismu”. 1. Sacramento da Igreja Católica Apostólica
Romana, no qual a ablução, a imersão ou a simples aspersão com água significa um renascer espiritual, com purificação de todas as culpas e pecados; ato de dar nome a uma pessoa ou coisa ; a primeira campanha em que um militar toma parte. Na capoeira é “um ritual de iniciação no qual os alunos jogam com os mestres, ou capoeiristas antigos, e recebem os apelidos pelos quais serão conhecidos na roda”. Upanema teve o primeiro encontro de capoeira neste dia 20 de dezembro, no Ginásio Poliesportivo “Wilneran Cabral”. Naquele dia os membros tiveram o seu batismo e fizeram suas apresentações ao público. O Migli é o orientador do grupo que recebe suas instruções há menos de um ano.
JORNALEIRO
@ Todo jornaleiro tem algo de jornalista, pois conhece todas as notícias que estes escrevem e as anunciam aos leitores para que comprem os jornais. Nossa homenagem, portanto, aos entregadores de jornais ou, como também são conhecidos, os gazeteiros, de modo especial a Valdeci, o “Ninhada”, e ao conterrâneo Joab Carvalho, que distribui o JORNAL DE UPANEMA em Natal, pela passagem de seu dia: 15 de dezembro.
DICIONÁRIO
@ “Deus me livre! Tô nem aí! Me poupe! Sei não! Meu fio né fei! Isola! Passarás! Sai, cara!”
Expressões como estas e outras farão parte de uma coletânea que nós (do JORNAL DE UPANEMA) estamos organizando para publicarmos, num futuro próximo, algo como um “Dicionário Upanemês”.
23H
@ Meus cumprimentos ao professor Dequinha Bezerra pelo anúncio correto da abreviação da hora para o início de sua festa do dia 28/12 com a banda Grafith, no Clube Municipal: 23h e não 23hs como vemos em quase todos os anúncios de festas ou qualquer evento. A abreviatura de hora é h para o singular e plural.

DITOS
@ — Menino, vá ali na padaria comprar sete pães!
—Agora, vá!
Outra cena:
—Menino, tá na hora de ir pra escola.
—Agora vá! Agora estude!
São assim os ditos populares que correm nas bocas das pessoas mais simples possíveis. E assim, dos menos sábios aos mais letrados, muitas vezes a gramática é pronunciada com propriedade. Aqui o uso do subjuntivo foi corretamente empregado.
SÃO NUNCA
@ Passei batido no mês de novembro, mas agora vou contar esta pequena anedota que tantas vezes escutei dos mais velhos: “Um homem devia a outro uma quantia em dinheiro. Cada vez que era cobrado, ele pedia prazo e não cumpria. Um dia resolveu marcar o pagamento para o dia de ‘São Nunca’. No dia 1° de novembro o credor não perdeu tempo: foi lá cobrar sua dívida com toda razão”.
VOLTANDO
@ E trazendo de Mato grosso na bagagem alguns textos em forma de sonetos, o professor Erivan Silva. Aqui está um poema de 14 versos, distribuído em dois quartetos e dois tercetos um deles:
Amo alguém que não me ama
Quero alguém que não me quer
Sonho com algo que não tenho
Espero por alguém que não vem.

Ao vê-la com outro alguém
O choro vem, pois não me detenho
Sinto dentro de mim uma chama
Que queima e fere meu ser.

Você não pode imaginar
Como isso me faz sofrer
E tento de qualquer forma, esquecer.

Esse amor cruel e doído
Amor infiel e bandido
Esse meu amor sofrido.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home