Thursday, August 02, 2007

JUMENTOS NA PISTA E BEVE ESTUDO SOBRE O JUMENTO

O cearense padre Antonio Vieira em seu livro “O jumento, nosso irmão”, fez um profundo estudo sobre essa figura tão xingada e maltratada. Além de jegue, ele tem outros nomes, como asno, burro, burrico e jerico. O autor cearense escreveu em seu livro que “o jumento na Grécia está tão integrado à comunidade social que seu nome transpõe as fronteiras da língua comum e invade o campo do lar par designar pessoas e lugares. Muitas famílias gregas tem nome asinino. Onésimo – discípulo de São Paulo, escravo de Filemon, rico habitante de Colosses, a quem o Apóstolo fez uma carta de recomendação; Onesíforo – discípulo dos Apóstolos, martirizado no Helesponto; Onias – nome de quatro grandes sacrificadores dos judeus; Onesicrito – historiador grego, natural de Égina. Acompanhou Alexandre Magno à Ásia e escreveu a história da expedição; Onosander – escritor grego que viveu no reinado de Cláudio; Anuphrio – santo anacoreta que viveu, no século quarto, no Egito; Onofre – anacoreta que foi encontrado no deserto por Santo Antão e é invocado universalmente pela cristandade; Unias – nome próprio empregado usualmente entre nós; Onos – cidade constantemente citada nas Sagradas Escrituras.” Na língua portuguesa, o animal tem muitos apelidos, entre os quais muitos já conhecemos. Eis alguns citados pelo escritor: Adevogado das Bestas – equivale a marido das bestas; Apara-Raio – todas as pancadas lhe vêm ter ao lombo; Agüenta-Seca – é o animal de maior resistência ao tempo das calamidades climáticas; Alicate- quando pega um animal pelo dente custa a soltar; Atrasa-Viagem- é muito moroso como animal de sela; Ajuda-Mamãe – termo carinhoso pelos bons préstimos caseiros; Babau – primitivamente moeda portuguesa de pouco valor; Bate-Orelha – as orelhas do jumento são o seu tudo: radar, defesa, calcanhar-de-aquiles, índice das reações emotivas,etc. Constantemente elas batem e se movimentam, regulando todas as emoções.” A lista de apelidos vai ser interrompida, pois vai até a letra z. Hoje nas estradas do Brasil, mais especialmente a que liga Upanema a Mossoró, vemos um grande número de asininos, muito superior ao número de apelidos que deram ao pobre jumento. Eles muitas vezes foram vitimas e vitimaram muita gente, não por culpa deles, mas por culpa do próprio homem (ser humano), diga-se com mais precisão, as autoridades que são responsáveis pela retirada deles e também de igual forma, os seus donos. Atenção! Jumentos na pista! O que vamos fazer com eles?

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