HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

AH! É MESMO!

Em cidades de interior do nosso Nordeste num tempo distante, a principal diversão do povão era o baile de terreiro de fazenda. Era aquele tipo de baile contratado pelo dono da casa. Foi num desses baile que o meu personagem dançava tranqüilamente, ao lado de uma dama, com direito a cochicho ao pé do ouvido, etc. Como dizia, tranqüilamente. A tranqüilidade foi embora quando ele pisou num cotoco de cigarro que alguém tinha soltado por ali. "Ai!", gritou ele. "O que foi?", perguntou a moça. "Pisei num pedaço de cigarro", disse o descuidado rapaz. "E você não está calçado?", disse ela. "Ah!, é mesmo!" Terminou o diálogo e a história. Imagino que o atento leitor entendeu que o sapato do homem estava fura-de-o-dó.