Thursday, November 16, 2006

ESPORTE

JOÃO TEODORO E EU

“Chamava-se João Teodoro, só”. A frase inicial é o princípio do belíssimo conto de Monteiro Lobato que fala de um personagem simples, honestíssimo e lealíssimo, mas não dava valor a si mesmo. Era morador de Itaoca, pequena cidade que estava se acabando aos poucos. Queria mudar dali, porém precisava de um pretexto. E logo chegou.
Um dia um chefe político resolveu nomear João Teodoro para ser delegado. Resultado: arrumou as malas, montou no seu cavalo magro e partiu de madrugada. Encontrou um amigo madrugador que inquiriu sobre o motivo de estar partindo. Eis a resposta:
-Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro.
Pois bem. Há alguns dias resolvi bater uma bolinha ali no ginásio poliesportivo
Wilneran Cabral. Fui lá com o intuito de esticar os músculos e praticar esporte, pois faz bem à saúde. A pelada começa às 5 da manhã. Pensava que somente Toinho de Geraldo Messias, Nil, Arturo, Boião, Zé Maria de Belisário, Diógenes, Felipe de Márcio Tavares, Baiano Jr., Francisco de Juvenal, Luiz Jairo, Júnior de Valdemar, Francimário, Vadó, etc. poderiam fazer gol. E não é que hoje fiz um gol?! Aí me lembrei da história de João Teodoro. Vou parar de jogar.
Termino o texto com uma paráfrase: em quadra que Xavier Gondim faz gol, não jogo.

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