Sunday, December 31, 2006

POLÊMICA

Depois do enforcamento de Saddan Hussein, acho que está na hora de abrirmos uma velha discussão da pena de morte. Os leitores deste blog poderão dar suas opiniões sobre o tema. Começo logo dizendo que sou contra. E vocês?

VIRADA DE ANO

A missa da virada do ano será a partir das 11:45 da noite, celebrada pelo padre Josemar Pereira. A notícia diverge apenas cinco minutozinhos do que foi noticiado por Silva Júnior no seu blog, o Upanema.blogspot.com. Lá diz que a missa será às 11.40. Por isso ninguém vai brigar. Minha fonte disse que seria às 11:45. Só é chegar às 11:30.

VIRADA DO ANO

Na virada do ano precisamos darmos algumas viradas importantes na nossa vida. Deixarmos na poeira o que não foi legal e levantarmos as cabeças. Outro caminho não há. Se cairmos na besteira de lamentarmos por aquilo que não logramos êxito, o fracasso virá, com certeza.
Bola pra frente, pois atrás vem gente e mais gente!

BOA NOTÍCIA

Dois upanemenses foram aprovados neste ano no vestibular de Agronomia da UFERSA, antiga ESAM. Eis os nomes:
Selumiel Ericlênede Dantas Costa e Josenildo Batista Freire dos Santos. Ericlênede ocupou o 8º lugar entre os 80 aprovados. Josenildo ficou no 32º lugar. As matrículas para os aprovados em primeira chamada serão nos dias 30 e 31 de janeiro/2007.

Saturday, December 30, 2006

CADERNO DE INEZ TAVARES

· Luiz Cândido Bezerra foi prefeito em dois mandatos. O primeiro, de 1970 a 1972. O segundo, de 1983 a 1986.
· Antônio Targino Sobrinho foi prefeito duas vezes. O primeiro mandato assumiu em face da morte do titular, Luiz Cândido Bezerra, em 26 de maio de 1986. O segundo mandato foi de 1993 a 1996.

Friday, December 29, 2006

MEU CADERNO DE ANOTAÇÕES

31-12-1999 – Renúncia de Boris Yeltsin, presidente da Rússia.
30-12-2000 – Final da copa João Havellange entre Vasco da Gama e São Caetano não é concluída por causa do desabamento do alambrado em conseqüência de uma confusão de torcedores. Mais de 50 torcedores ficaram feridos.

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

Dizem que um cara estava se dirigindo em direção a Mossoró, num fusquinha (não foi João Marinho não, viu?) em toda velocidade. Quando chega ali em Zé da Volta, na entrada pra Mossoró, ele entra sem observar se vinha algum transporte. Enrola e vai. Uma carreta daquelas vem das bandas de Assu e passa lambendo o fusca. Aí, o dono dá uma paradinha e exclama com todos os pulmões e revoltado:
- Você se lasca!

DICIONÁRIO COMPARADO

Sabemos da enorme diferença que existe o português de Portugal e o português brasileiro. Acho que todos sabem que “bicha” em Portugal é fila, para dar um pequeno exemplo. Pois bem. Quando pensamos que sabemos muito o português brasileiro, caímos do cavalo. As diferenças regionais na linguagem são muito mais profundas do que imaginamos. Vejam a seguir uma pequena amostra do tamanho das diferenças entre duas cidades do interior do Brasil: Upanema-RN e Nova Brasilândia D’Oeste, em Rondônia.

· “Canjica” aqui é o mesmo que muncunzá em Rondônia. O curau de lá é a nossa canjica aqui.
· Aqui dizemos que uma pessoa que está embriagada está cheia, chei latido, bêbado. Lá só se usa “cheio” para alguém que está de saco cheio.
· Se dissermos aqui que alguém está “vazando”, significa que a pessoa é homossexual. Lá quer dizer simplesmente que a pessoa está se retirando, indo embora.
· “Imoral” pra nós, além do significado que consta nos dicionários tradicionais, isto é, contrário à moral, desonesto, libertino, significa que algo é absurdo, não condizente com a realidade. Lá as pessoas só usam a palavra imoral no sentido que está nos dicionários.
· “Não tem vexame” pra nós quer dizer que não tem pressa. Lá “vexame” só é usado no sentido de passar vergonha, pagar um mico.
· “Estrela” aqui é uma pessoa sem importância. Lá significa alguém que é o máximo, que brilha como uma estrela.
· “Sítio” pra nós é a zona rural do município. Lá sítio é ... acreditem, “linha”. “Todo final de semana aquela família vai para a linha.” “Fazer a linha” tem o mesmo sentido daqui.

Thursday, December 28, 2006

BREVE NESTE BLOG

Dicionário comparado de palavras e expressões daqui (Upanema)e Rondônia, com o auxílio de Erivan Silva e sua esposa, Iran Sandra.

Tuesday, December 26, 2006

RETROSPECTIVA 2006

JANEIRO
02/01
¨ Avião cai e provoca duas mortes em São Paulo.
Dia 5

¨ Ariel Sharon sofre derrame e é operado em Israel

Dia 6

¨ Namorada de mandante de massacre se entrega.

¨ General brasileiro é encontrado morto no Haiti

Dia 09

¨ O primeiro Ministro de Israel por dois mandatos, Ariel Sharon, sai do coma induzido.

Dia 12

¨ Governo federal começa o tapa-buraco nas estradas federais.
¨ Mulher com transplante facial passeia em público

Dia 13

¨ A pré-candidata a presidenta da República, Heloísa Helena, chega a Mossoró e faz palestras.

Dia 15

¨ Socialista Michele Bachelet vence eleições no Chile

Dia 22

¨ Evo Morales toma posse na Bolívia.

Dia 23

¨ Irmãos Cravinhos são presos novamente em SP.

Dia 26

¨ Palocci depõe na CPI dos Bingos.

Dia 27

¨ Mulher atira bebê em lagoa de Belo Horizonte.


Dia 30

¨ Caricaturas de Maomé causam protestos violentos.

POESIA

ALQUIMIA DIVINA

(...) Eu quero aprender a enfrentar
as torrentes da vida e suportar...
orar pela paz da humanidade
contra o vilão a se expressar...

Eu quero aprender a olhar
as cores do arco-íris...
saber se o fenômeno é natural
ou químico
e também se o olhar dos homens
refletem seus espíritos.

(Do livro “Doces recordações do meu passado”, do professor Severino Ramos)

CADERNO DE INEZ TAVARES

Pesquisadora da história de Upanema, Inez me repassou alguns fatos curiosos da política local. Vejam este:

O ex-prefeito Antonio Lopes Sobrinho e o filho José Lopes Bezerra protagonizaram o único caso na política upanemense de pai e filho prefeitos da cidade.

Monday, December 25, 2006

HISTÓRIAS QUE O POVO CONTA

DO OUTRO LADO DA VIDA

Dois grandes amigos discutiam sobre a vida pós-morte. Um dizia que lá do outro lado da vida seria uma vida muito boa para os bons e muito péssima para os maus. O outro dizia que não era daquele jeito. Viveríamos da maneira que vivemos aqui.
Nesse tom passaram uma manhã discutindo o assunto, sem que chegassem a um acordo. Para chegar a um termo a conversa, resolveram fazer um trato. Esperariam pela morte. O que morresse primeiro, voltaria pra dizer como é lá. Assim, tiraria a limpo o que todo ser humano discute e n ao chega a uma conclusão satisfatória.
Um dia um deles morre. O que ficou vivo esperou pela visita do morto. Este não tardou a aparecer.
- E aí, rapaz, como é mesmo lá?
O outro logo respondeu:
- Não é como eu dizia nem como você pensava.
E desapareceu.

Sunday, December 24, 2006

PERÍODO NATALINO

QUE ESPÍRITO É ESSE?

Na época do Natal, as pessoas comemoram a data com festividades e presentes. Por ser tradicional, o dono da festa, um menino de Belém que se tornou homem e depois entregou o corpo para ser trucidado em defesa das almas de todos, é quase sempre esquecido. Por que razão ele é esquecido? Seria por causa da propaganda dos capitalistas, do alto grau de bebedeira e de um outro personagem (Papai Noel) que roubou a cena do espetáculo? Talvez seja tudo isso junto.
O espírito natalino toma conta de todos, até daqueles que não se ligam na data. O curioso disso tudo é que o espírito natalino não consegue mudar a humanidade. Não é nem preciso declinarmos fatos e personagens para constatarmos que os seres humanos pioram a cada minuto. Olhemos para os mais recentes acontecimentos e vejamos se os humanos não lutam a cada minuto para ganharem o dinheiro mais fácil, seja num pequeno ou grande assalto, numa troca “bem” sucedida, numa aposta de loteria ou simplesmente num bingo de prêmios. Quem não viu recentemente a imensa multidão doida pra bater uma cartela de 5 pequenos prêmios?
Onde está o espírito natalino? Que espírito é esse? Hein?

Saturday, December 23, 2006

FATO E OPINIÃO

PEQUENOS LIXÕES

Não é só na zona urbana que existem lixões. Na zona rural já podemos observar pequenos lixões. Eles estão se formando tendo em vista a grande escalada de produtos industriais e que obrigam o uso de invólucros descartáveis. A solução ou pelo menos a amenização do problema parece estar longe de ser concretizada. Disso não ouvimos nem ninguém discutindo pra valer.
Ora, se na zona urbana ainda não fomos capazes de amenizarmos tais problemas, imagine na zona rural, considerando que aquelas comunidades estão mais distantes do cento do poder.

Friday, December 22, 2006

FATO E OPINIÃO

SERÁ MENTIRA OU SERÁ VERDADE?

Todos os anos quando o governo anuncia o reajuste do salário-minimo, escutamos as pessoas dizerem que o “aumento” não vai adiantar porque os comerciantes tratam logo de aumentar os preços das mercadorias logo agora. De que adianta o reajuste, se esse trinta reais vão ser logo devorados?
Agora pergunto: os consumidores têm razão ou é choradeira? Hein?

PALMATÓRIA

No Nordeste brasileiro a palmatória é símbolo da resistência do homem do campo. Elas sobrevivem na seca braba como se estivessem dizendo ao homem do campo que não esmoreça diante das dificuldades e espere pelo inverno, pois mais cedo ou mais tarde ele virá e dará condições para a plantação de feijão, milho, melancia, melão, jerimum, etc.

Monday, December 18, 2006

POESIA

NÃO TEM COMO FUGIR

Tentei buscar o desconhecido
Tentei me refugiar
Mas não deu
Não tem como escapar
Agora eu sei
Estou convencido.

Que o amor vale a pena
E você faz a cena
Sendo o ator principal
Deixa tudo real.

Parei e notei
Que o que eu buscava
Sempre esteve ali
Ao meu lado
Vi também um cara parado
Sem ação e nada prestava.

Eu estava mudado
Um ser acomodado
Magos no coração
Sem sentir emoção.

Refleti e vi tudo claro
Entendi a minha mudança
Percebi, havia esperança
Resolvi voltar ao normal.

Não tem como fugir
Minha terra está aqui
Dentro do coração
Fala a voz da razão.

ANONIO ERIVAN DA SILVA
E-MAIL: klilissa@yahoo.com.br

Saturday, December 16, 2006

ESTÓRIAS COM AGAR

UM MANÉ DE VAZANTE

Diz o Dicionário Upanemês que um mané de vazante é uma “pessoa sem atitude própria”. Se a minha personagem fosse feminina, ela seria uma maria-vai-com-as-outras, que segundo o Aurélio é uma “pessoa fraca, sem vontade, que se deixa levar pelos outros”. Sem mais enrolação, vamos a história.
Nos idos dos anos 50, o jovem rapaz, pouco namorador, pouco estudante, pouco trabalhador, pouco farreador, de pouco corpo... Tudo nele era pouco. Até a inteligência ele usava pouco.
Um dia, uma turminha aproveitando-se da muita ingenuidade do rapaz, pouco se importou com os efeitos que a cana poderia provocar nele. Começaram uma bebedeira e ofereciam mais ao rapaz do que bebiam. Assim, de gole em gole, o jovem fica bêbado. A notícia chega aos ouvidos do pai. A este não faltou uma resposta a causa do problema:
- Eu sei. É cachaça! Aquilo é muito besta! É um mané de vazante! É o povo dando e ele gute, gute!

MEU CADERNO DE ANOTAÇÕES

20 –12 –2004 – Solenidade de reinauguração da Câmara de vereadores de Upanema.
21-12-2003 – Lançamento do livro “Doces recordações do meu passado, “ do professor Severino Ramos Martins de Moura.
26-12-2004 – Ondas gigantes no mar da Ásia. Mais de 300 mil pessoas sucumbem.

Friday, December 15, 2006

NOTÍCIA (antencipação do décimo)

O pagamento de 60% aos servidores do Estado do RN, que estava previsto para o dia 20 deste mês, foi antecipado para a próxima segunda-feira, 18. E o pagamento do mês de dezembro será nos dias 26 e 28.
Fonte: Jornal "O Grande Jornal", jornal falado da Rádio Rural de Mossoró.

Thursday, December 14, 2006

ESTÓRIAS COM AGAR

NO HOSPITAL

Acima dos leitos dos pacientes de hospitais é costume colocar-se os dados pessoais como o nome, idade, data de entrada naquele setor do hospital e o nome do médico que o assiste. Foi nesse contexto quando me aproximava de para conversar com um paciente, quando uma mulher, que como eu, era acompanhante de um doente, observou que acima do leito de dois pacientes tinha escrito: Neuro. Noutro havia o nome do médico. Foi aí que ela não se conteve e disse em voz alta:
-Ei, Neuro é o nome dos médicos daqueles pacientes?
A pergunta deixou todos naquela enfermaria entre sorridentes e constrangidos. Coube a mim explicar da minha forma que “neuro” é uma especialidade da medicina e não o nome de médico. Ali tínhamos dois senhores que estavam com problemas de AVC.

Wednesday, December 13, 2006

MEU CADERNO DE ANOTAÇÕES

09-12-1992 – Aparece no céu um eclipse que encanta a todos.
13-12-2001 – Ismael Brilhante era classificado em 3º lugar no concurso “A mais bela voz”, da Rádio Rural de Mossoró, com a música “Amor de carnaval”.
14-12-2003 – Soldados americanos localizam e capturam o ex-ditador Saddam Hussein.

Tuesday, December 12, 2006

OS LEILÕES

Observando o jeito de narrar dos leiloeiros pude ver que cada um tem sua característica própria. Ao longo dos anos vi Antenor de Tibúrcio, depois Zé Milton, Cícero Gama, Yamashiro e hoje Ronilson gritarem os leilões naquela animação. Uma coisa que não faltou em nenhum deles foi o toque humorístico. Cada pessoa poderá preferir este ou aquele, mas não poderá dispensar a característica do humor. O improviso é outro elemento importante.
O assunto merece mais comentários, porém hoje estou num dia daqueles: as palavras estão saindo com dificuldades, isto é, estão empurradas com muita força para dentro do computador. Dá até para fazermos um histórico dos personagens acima. Voltarei ao assunto outro dia.

Sunday, December 10, 2006

FATO E OPINIÃO

A partir do próximo ano os trabalhadores norte-riograndenses, notadamente do serviço público, terão mais um dia sem trabalhar. Será no dia 3 de outubro, que em 2007 cairá numa quarta-feira. Para nós que atuamos na educação é mais uma data que atrasa o calendário letivo. Para mais informações, leia na íntegra a notícia de Roberto Guedes:

Padroeiros

A oficialização dos mártires de Natal, Cunhaú e Uruaçu como padroeiros do Rio Grande do Norte, oficializada anteontem quando a governadora Wilma de Faria adotou 3 de outubro como feriado estadual em homenagem a eles, foi uma vitória pessoal do padre Agustin Catalayud, o responsável pela construção da “Basílica dos Mártires”, em andamento no bairro de Nazaré, em Natal.
(Jornal de Fato, Coluna de Roberto Guedes de hoje)

Thursday, December 07, 2006

FATO E OPINIÃO (Festa da Padroeira 2006)

NOITE CULTURAL

Um show. Duas palavras resumiriam o que o povo upanemense, muito desacostumado com a cultura com C, presenciou ontem à noite no palco próximo ao clube municipal. A festa cultural ficou por conta do coral “Canto do Povo”, logo em seguida a banda de música “Ivaldete Basílio” introduziu, com algumas músicas de verdade (até forró verdadeiro) a participação do cordelista Evaldo, que lançou o segundo cordel "Dois alcoólatras convictos". O ponto alto foi a brilhante participação de Antônio Francisco. O homem não é pouca coisa, não. É imortal da Academia Brasileira de Cordel. É bichão, como se diz na gíria. Recitou poesias de seu vasto repertório, como “A casa que a fome mora” e “Os constituintes ou os animais têm razão”. Só faltou a minha preferida “A volta de Lampião do inferno”.
Ao lado da prefeitura havia uma banca com cordéis de Antonio Francisco (inclusive "Dez cordéis num cordel só", um das leituras obrigatórias do vestibular da UERN), do poeta José Ribamar e de Evaldo.
O público aplaudiu o show porque sabe o que é bom. O povo muitas vezes não come do melhor porque a cultura do pior, da novidade e do modismo não oferece. Aí o povão come pipoca industrializada no lugar de cuscuz moído no moinho.

Wednesday, December 06, 2006

HISTÓRIAS DE CAMONGE

CAMONGE MORRE AMANHÃ

O rei queria a todo custo pegar Camonge numa pequena falha para servir de pretexto para levá-lo à forca. Diversas vezes o rei perdera para o sábio como no dia que viu a placa “Só Deus sabe e ele sente”. Se não decifrasse, seria punido com a morte. O letreiro queria dizer que o proprietário da casa tinha sido enganado pela mulher. Só Deus sabia na cidade e só ele sentia o sofrimento. Estava explicado. Estava salvo Camonge. Outro dia o rei queria que Camonge fizesse todo os seus animais rirem. Camonge não se embaraçou: tomou de uma faca bem amolada e cortou os beiços dos pobres animais. Ficaram rindo, na ótica de Camonge. O rei teve que interpretar que os dentes de fora era riso e não sofrimento.
Na história de hoje o monarca foi mais radical: obrigou o sábio Camonge a escrever um letreiro dizendo: CAMONGE MORRE AMANHÃ. Assim, não tinha remédio. Ele não poderia escapar desta armadilha apesar de sua esperteza. Amanhã Camonge morre mesmo. Era o que pensava o rei. Puro engano. Cada dia que os carrascos se preparavam para executá-lo, Camonge argumentava com brilhantismo, dizendo: leia aí: “Camonge morre amanhã.” E assim, de amanhã em amanhã, Camonge se safou desta.


ATENÇÃO: Se você gostou desta história de Camonge, envie outras pra mim, que as publicarei.
Mande para o meu e-mail: gondimxavier@yahoo.com.br

ESTOU AQUI

É meus amigos. Volto nas próximas horas para postar outros comentários e informações neste blog, como outras histórias de assombração, estórias com agar, etc.

Monday, December 04, 2006

TRÊS MAZELAS DA SOCIEDADE UPANEMENSE

TERCEIRA: QUEIMA DE MONTUROS
Queimar lixo nos monturos ou no próprio quintal é uma prática condenável, não só dos upanemenses, mas acredito que de toda gente mal educada e desinformada. Quantos perigos estamos incorrendo com a queima de molambos e muambas. Dia mais dia acordamos com os olhos ardendo e os pulmões entupidos de fumaça. Até parece um hobbie para muita gente. Incendiam pequenos monturos, gravetos, molambos e todo tipo de porqueira, numa coivara. O fogo, meus amigos, até parece aquele descrito pela Bíblia: o fogo eterno. E o pior: fogo e fumaça que penetram nos nossos narizes e provocam aquela espirradeirazinha desagradável. Somada à poluição sonora e o trânsito perigoso e sem sinalização, a queima de monturo constitui-se numa das muitas mazelas da nossa sociedade não tão difíceis de se resolver.

Sunday, December 03, 2006

ELEIÇÕES 2008

O ano de 2006 ainda nem bem terminou e já se fala em 2008. Há gente nova e bonita, parente de vereadores, falando em pré-candidatura a câmara de vereadores de Upanema. Além dessa incógnita, há outras duas, parentas desta, que também, segundo especulações do povão, cogitam disputar o cargo. Por enquanto, o assunto é só onda especulatória. Pode ser até que nenhuma delas seja candidata. A eleição vai acontecer daqui a menos de dois anos e muitos dados vão rolar nesse jogo.

TRÊS MAZELAS DA SOCIEDADE UPANEMENSE

SEGUNDA: TRÂNSITO PERIGOSO

Upanema não é a mesma dos anos 80 ou 90. A frase é um belo chavão, porém serve para introduzir um assunto da mais alta gravidade que vivenciamos todos os dias. A cidade cresceu. Em conseqüência, o número de veículos também seguiu o seu curso natural. Recentemente o centro da cidade foi premiado com o asfalto. Os demais pontos da cidade, quase na sua totalidade, já receberam calçamentos a paralelepípedos. Essas melhorias para os usuários também resultaram em problemas para as pessoas. Por que? É o obvio. A via urbana ficou mais fácil de se trafegar. Assim, os maus cidadãos metem o pé no acelerador e não se importam com o que está na frente. Por outro lado, os pedestres, acostumados com a cidadezinha sossegada, pensando que ainda vive naquele tempo, cochila e atravessa tranqüilamente as ruas. O resultado de tudo isso são pequenos acidentes, aqui e acolá. Já registramos vários nos últimos dias. Acidentes leves sem maior gravidade. Ainda bem. O que falta? Sinalização? Educação para o trânsito nas escolas e nas ruas? Projeto de lei do legislativo? Talvez tudo isso junto se constitua na solução do problema.

FESTA DA PADROEIRA 2006

O ponto alto da festa da padroeira upanemense ontem foi, a meu ver, apresentação da peça teatral “Auto da compadecida”, apresentada por estudantes do colégio Mater Christi, de Mossoró.
Os meninos do 3° ano B daquela escola fizeram uma brilhante apresentação da peça e atraiu um bom número de espectadores, considerando que o tipo de espetáculo não é muito comum por aqui.
Vi que uma parte das pessoas estavam na missa sem ver o padre, visto que o som era natural, isto é, os atores não usavam microfone, além de outros espectadores não terem assistido ao filme.Um componente me disse que ontem tinha sido a segunda apresentação.a primeira foi no próprio colégio, valendo nota. Os 23 componentes do colégio Mater Christi estão de parabéns.

Saturday, December 02, 2006

TRÊS MAZELAS DA SOCIEDADE UPANEMENSE

PRIMEIRA: POLUIÇÃO SONORA

Quem não mora aqui pode até pensar que falar em poluição sonora em Upanema seja brincadeira. Mas não é. Aqui já virou um péssimo costume, de alguns que se dizem cidadãos, em ligar o som doméstico ou do carro numa altura daquelas insuportáveis e em horários totalmente inconvenientes. O problema é que quando chamamos a polícia, eles dão brabo (ficam bravos) e se acham no direito. Dizem que estão em casa, etc. Não é preciso nem gastar tempo, digitadas ou minutos de internet argumentando que estamos certos. Todo mundo sabe que nós, as vítimas, é que temos razão. O agravante da situação é sobre o gosto musical deles. Parece uma grande coincidência: o que eles tocam e o que fazem têm a mesma nota: zero. Sei que o gosto musical cada um tem o seu. Há até quem masque fumo. Pelo menos mascar fumo não é um hábito nocivo para os outros. Só prejudica os seus usuários.

Amanhã falarei sobre a segunda mazela.

HISTÓRIA DE ASSOMBRAÇÃO

ESCASSEZ DE ÁGUA E ALMAS DO OUTRO MUNDO

Na seca de 1970, o bem mais precioso estava muito escasso. Por essa razão é que seu Antônio madrugava pra chegar mais cedo que os outros. Bem cedinho, às 3:30 ou 4 da madrugada, lá estava seu Antônio na cacimba, funda cacimba, colhendo a pouca água com uma velha cuia. Duas latas vazias de querosene e um galão de madeira era o instrumento que conduzia a preciosa água de beber até sua residência que distava uns duzentos ou trezentos metros.
Numa dessas idas, ao chegar lá, depois que estava perto de encher as duas latas, eis que escuta uma musiquinha no alto da cacimba. “Nã, nã, nã, na, nã, nã!” A cacimba era bem funda porque a seca era braba e só se encontrava água naquela profundidade. E as almas moças continuaram naquele nã, nã, nã. Seu Antônio ao ouvir aquilo, ficou desesperado e aproveitou a ocasião que colocava água na lata, e jogou, com toda força, uma cuia cheia, em direção das almas, dando um grito. Depois não viu outra solução senão pegar a lata com o conteúdo que tinha dentro e meter o pé na carreira. Ficou tão apavorado que saiu de costas com o galão, numa posição de defesa, olhando para as almas do outro mundo.
Mesmo com as pernas de molambo, conseguiu chegar em casa. Afrontado, não conseguiu chamar pela mulher. Apenas bateu insistentemente na porta. Logo a porta de cima foi aberta, ele pulou pra dentro, sem poder explicar o que acontecera. Bem depois, quando a voz voltou ao normal, conseguiu explicar à mulher.